sábado, 10 de novembro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
PAMONHA, PAMONHA, PAMONHA...
Pamonhas fresquinhas, direto do sítio da Vera. Lembro-me claramente de todo ano, durante vários anos, ir no sítio da Vera do Juvenal fazer pamonha. Era uma delícia!! A Vera era uma vizinha, morava do lado de casa e crescemos juntos com os filhos dela, André, Marcela e Danilo. Todo ano, na safra do milho, Juvenal que nesta época era caminhoneiro, parava na frente da sua casa o caminhão logo cedinho. O horário de saída era às 7 da matina e pontualmente todos os convidados, amigos do casal , já estavam com as escumadeiras, tachos, panelas, caldeirões entre outros utensílios utilizados na fabricação das deliciosas pamonhas. O sítio ficava à alguns quilômetros de José Bonifácio, mais precisamente no bairro da Vila Leusa. Íamos todos na carroceria e os mais velhos na boleia do caminhão. Era uma diversão só, até para fabricar a pamonha. As tarefas eram distribuídas para agilizar o processo. Os homens iam colher os milhos, enquanto as mulheres já acendiam o fogo e colocavam a água nos tachos e panelas para aquecer, as crianças cortavam os queijos em pedacinhos quadradinhos. Depois, era todo mundo colocando a mão na massa e nessa hora as crianças eram incumbidas de tirar a palha e todos os cabelos de cada milho. E assim, passávamos o dia todo, fazendo e comendo pamonha. O verdadeiro creme do milho!!!
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
MÃE, COMPRA UMA CALOI PRA MIM.
Sabe quando fui ter o presente que toda criança quer ganhar no natal? Quando fiz 13 anos. Ganhei do meu tio Luíz, como presente de natal e aniversário, pois nasci 5 dias depois do natal. Era uma montain bike, vermelha e azul, bonita até. Mas minha infância não foi marcada por este fato. Lembro-me da bicicleta vermelha enorme que era da minha irmã mais velha, que eu aprendi a andar. Fui auto-didata, depois de levar muitos tombos e de ralar várias vezes os meus joelhos, aprendi a me equilibrar sobre duas rodas. Quando superei o medo e as dores, lembro-me que eu não via a hora de tocar o sinal na escola e chegar em casa. Pegar a magrela vermelha da Dani era quase que um ritual, todos dias no mesmo horário, antes de sentar á mesa para almoçar eu tinha que dar uma voltinha. Era todo dia assim, sempre uma voltinha. O engraçado era como eu andava nela. O esquadro era alto e eu como era baixinha demais, ou a bike era alta demais, tinha que enfiar uma perna no meio da bicicleta e andava meio torta. Foi pouco tempo que andei assim, pois minhas irmãs, que eram mais velhas que eu, ganharam cada, uma CALOI CECI, que vinha com cestinha na frete e garupa. Da Dani era rosa e da Dé uma verde. E eu fiquei chupando o dedo e pegando emprestada para dar minhas voltinhas. Nossa, tem tantas histórias com essas bicicletas. Tem a história que eu levava a Daiana na escola de bicicleta (era táxi dela), Da nossa aventura em ir para Santa Luzia, pela estrada de terra... Ah, se deixar a memória vai longe.
CONVERSA NA CALÇADA
Tempo bom que não volta mais. Depois de tanto tempo, uma atividade quase rotineira na minha infância, hoje pela violência e pela falta de tempo das famílias deixou de existir. Sentar na calçada e jogar conversa fora. Era muito gostoso ver sua família reunida, a do vizinho se juntando, cada um trazendo sua cadeira de área ou se acomodando sentado na calçada e encostado as costas na grade, tudo para jogar conversa fora. Eram horas que se passavam e eram vários os assuntos abordados. Iam de política, para a economia para o problema do vizinho do lado, para a dor crônica da "fulano", do acidente trágico de "beltrano"... nossa quanto assunto pautado. Mas era muito gostoso, muitas das vezes nós, as crianças, eramos a bola da vez e confesso que desde esta época eu odiava estar no centro das atenções, para mim era muito constrangedor, mesmo não sendo criticada, mas só o fato de saber que estavam falando algo de mim, já me deixava encabulada. O bom mesmo, era brincar de queimada no meio da rua e as mães gritando. - Olha o carro, molecada!
GOSTOSO, REFRESCA, MATA A SEDE E NUTRI... O VERDADEIRO ALIMENTO
Juju, chup-chup, gelinho, geladinho, dudu, sacolé são alguns dos tantos outros nomes inventados para denominar uma bebida ensacada, congelada e vendida em alguns bairros na própria residência dos produtores. A propaganda era feita com cartazes, pendurados nos portões das casas, ou pelo boca-boca da clientela, geralmente crianças. Os dizeres nos cartazes vinham com a denominação do produto, no meu caso, na minha infância e na localidade que eu morava era denominado JUJU. Tinha JUJU de leite, cremoso e de fruta. Sabia que o de leite era o mais nutritivo, alimentava mesmo, dois desse já saciava a fome. Mas eu sempre queria os mais refrescantes, os de frutas, pois morando em uma cidade que no verão chega a 40 graus na sombra, nada melhor que um JUJU de fruta. Ah, que delícia! Era mais barato que um sorvete de palito, bem mais... acho que o valor de um sorte dava para compra uns 5 JUJUS e quanto mais melhor. Sabe do que eram feitos este JUJU de fruta? Suco de fruta, claro... mas de KI-SUCO, lembra? suco de fruta colorido artificialmente. Era tanto corante que quando acabava de chupar um JUJU de uva, a língua, os lábios e os dedos ficam por horas coloridos de roxo... Quem iria se importar com a saúde nesta época. A gente nem sabia o que era Natural ou Artificial. A gente queria era se refrescar!!!
COMO PREPARAR UM BOM CAFÉ COM LEITE?
Quem sabe responder esta pergunta é minha querida Avó Clarice. Dona Clara é especialista no preparo desta deliciosa bebida. Quando fecho os olhos minha boca começa a salivar, só de lembrar do gosto maravilhoso e açucarado do café com leite que minha avó preparava. Naquela época, achocolatado era comprado só uma vez por mês, na compra mensal, sabe? Portanto o leite nosso de cada dia era temperado com o cafezinho especial e a medida certa de açúcar que só ela, a D. Clara, sabia. Não adiantava minha mãe fazer, não adiantava, não ficava igual. Sabe o que ficava ainda melhor? Era o café com leite e o pão francês que acabara de sair do forno com aquela manteiguinha derretendo.. Aí, que vontade está me dando agora...
- Vó, faz leite pra mim?
- Vó, faz leite pra mim?
MIMEÓGRAFO, QUE ISSO?
Mimeógrafo é um instrumento utilizado para fazer cópias de papel escrito em grande escala e utiliza na reprodução um tipo de papel chamado estêncil e álcool
Um protótipo da máquina de impressão simples foi patenteado, em 8 de agosto de 1887, porThomas Alva Edison, nos Estados Unidos. A patente foi deferida em 1880, e o nome "mimeógrafo" foi utilizado pela primeira vez em 1887, por Albert Blake Dick, que fora licenciado por Edison para a produção da nova invenção.
A máquina foi sendo aperfeiçoada, mantendo, entretanto, sua simplicidade de manuseio, incorporando-se uma pequena rotativa manual — o que permitia uma rápida reprografia de diversas cópias em pequenas tiragens. Até a ampliação do uso das máquinas de fotocópiae outras equivalentes, de reprodução em série e com maior qualidade, o mimeógrafo era a mais barata e eficiente forma de impressão para pequenas tiragens, sem qualidade.http://pt.wikipedia.org/wiki/Mime%C3%B3grafo
Esse instrumento foi muito importante na minha formação. Era através dele que cópias de textos, atividades , provas e outras reproduções eram feitas e depois distribuídas, numa época em que governo não distribuía livros para alunos, onde todas atividades eram passadas na lousa utilizando giz e apagador, este por sinal também lançado contra os alunos falantes. Mas, voltemos ao MIMEÓGRAFO, que delícia era o cheiro de álcool que invadia toda a sala de aula. As folhas de sulfite saiam molhadinhas de álcool e era fato que todos os alunos davam aquela cheiradinha básica até o álcool se evaporar. Confesso que era um vício, assim como é até hoje o cheiro de gasolina para mim... ADOROOOOO!!!!
QUANTO MAIS, MELHOR.
Este era mais um dos hobby da minha não tão longa época. O barato não era escrever cartas e sim colecionar papéis de cartas. Era um mais lindo que o outro e temáticos. Eu e minhas irmãs tínhamos uma pasta catálogos cada uma, cheia destes papéis que comprávamos sempre na papelaria que ficava atrás da igreja da matriz. Era caminho da escola passar em frente desta papelaria, e como era febre entre os adolescentes, eles deixam sempre em um expositor bem na porta de entrada. Todo troco que sobrava do lanche, era gasto comprando estes papéis de carta e a estratégia era comprar dois, pois se uma amiga tivesse algum papel diferente do seu era só trocar e ir aumentando cada vez mais a coleção. Sabe onde anda esta pasta com todos os papéis de carta que eu consegui juntar? Pois é, nem eu... bem que gostaria de tê-los todos em meu poder agora. Não me recordo, mas devo ter dado todos para alguém.
MINHA VOZ CONTINUA A MESMA, MAS MEUS CABELOS... QUANTA MUDANÇA!!!
PARTE 4
Shampoo, qualquer um, mas condicionador, só NEUTROX...rsrsr
Este era o condicionador da minha juventude. Era esse o vilão de algumas brigas entre eu e minhas irmãs, pois quando acabava o Neutrox, sempre havia uma discussão querendo achar um culpado. Lembro que ele relaxava os fios mais rebeldes que eu tinha na minha cabeça... Eita cabelinho difícil de domar. Cabeleireiro naquela época era artigo de luxo. Nossas cortes modernos eram feitos pela minha mãe, mais um dom, utilizando as tesouras de suas costuras. Eh, vida de pobre, mas muito feliz!!
Shampoo, qualquer um, mas condicionador, só NEUTROX...rsrsr
Este era o condicionador da minha juventude. Era esse o vilão de algumas brigas entre eu e minhas irmãs, pois quando acabava o Neutrox, sempre havia uma discussão querendo achar um culpado. Lembro que ele relaxava os fios mais rebeldes que eu tinha na minha cabeça... Eita cabelinho difícil de domar. Cabeleireiro naquela época era artigo de luxo. Nossas cortes modernos eram feitos pela minha mãe, mais um dom, utilizando as tesouras de suas costuras. Eh, vida de pobre, mas muito feliz!!
ÁGUA DOCE, MAS NÃO ERA CACHAÇARIA
PARTE 3
Coisa rara!!! Refrigerante era coisa só de fim de semana, só em festa e olha lá! Lembro-me que eram só nessas ocasiões que apreciávamos o doce tão doce da água gaseificada adoçada e aromatizada das tubaínas. Vinham em garrafas de cervejas e já naquela época nos influenciavam a nos embriagar, pois, meus primos e eu brincávamos dizendo que estávamos tomando cerveja. Olha a mensagem subliminar na embalagem das tubaínas.
Lembrar da tubaína me faz lembrar de como fazíamos para não sair o gás : era colocado uma colherinha de café pendurada no gargalo, depois vieram outro instrumento bem mais potente para esta função, um produto vendido nos catálogos da TAPWARE, mas não me recordo do nome. Lembro-me também da tubaína que não fazia sucesso com pipoca, mas sim com paçoquinha de amendoim... Hum, gosto de infância!!!
Coisa rara!!! Refrigerante era coisa só de fim de semana, só em festa e olha lá! Lembro-me que eram só nessas ocasiões que apreciávamos o doce tão doce da água gaseificada adoçada e aromatizada das tubaínas. Vinham em garrafas de cervejas e já naquela época nos influenciavam a nos embriagar, pois, meus primos e eu brincávamos dizendo que estávamos tomando cerveja. Olha a mensagem subliminar na embalagem das tubaínas.
Lembrar da tubaína me faz lembrar de como fazíamos para não sair o gás : era colocado uma colherinha de café pendurada no gargalo, depois vieram outro instrumento bem mais potente para esta função, um produto vendido nos catálogos da TAPWARE, mas não me recordo do nome. Lembro-me também da tubaína que não fazia sucesso com pipoca, mas sim com paçoquinha de amendoim... Hum, gosto de infância!!!
BABADO GRANDE
PARTE 2
Ah, esta lembrança é tão agradável! Quando me lembro das calcinhas de babadinho de várias cores, me dão a sensação de liberdade. Sim, liberdade!!
Me lembro correndo no quintal de casa só de calcinha... Minha cidade sempre teve temperatura muito alta, no verão chega a 40 graus. Bem tropical o clima e sendo criança na grande inocência que nos cercam, era esse tipo vestuário que nos ajudavam a amenizar a altas temperaturas: ficar só de calcinha... rsrsr. Escorregar no piso, em pé, de joelhos, de bunda...deslizar na água que se empossava no terraço ao ser lavado... que maravilha, era a nossa piscina. Além das minhas irmãs, também faziam parte do clube os meus primos... as calcinhas e os cuequinhas...
Ah, esta lembrança é tão agradável! Quando me lembro das calcinhas de babadinho de várias cores, me dão a sensação de liberdade. Sim, liberdade!!
Me lembro correndo no quintal de casa só de calcinha... Minha cidade sempre teve temperatura muito alta, no verão chega a 40 graus. Bem tropical o clima e sendo criança na grande inocência que nos cercam, era esse tipo vestuário que nos ajudavam a amenizar a altas temperaturas: ficar só de calcinha... rsrsr. Escorregar no piso, em pé, de joelhos, de bunda...deslizar na água que se empossava no terraço ao ser lavado... que maravilha, era a nossa piscina. Além das minhas irmãs, também faziam parte do clube os meus primos... as calcinhas e os cuequinhas...
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