quinta-feira, 18 de outubro de 2012

PEDALAR E NÃO SAIR DO LUGAR. SERÁ?


PARTE 1
Quando busco lembranças da minha infância, chega a ofuscar  as lentes da memória de tantos  flash contendo imagens de uma infância muito feliz. É a partir daí que tive vontade de escrever sobre ela. Não tenho a intenção de colocar cada imagem em ordem cronológica, não é preciso ser tão metódica para poder reviver cada momento que consigo me recordar. Quero apenas  reviver cada momento, descrevendo cada imagem e sonhando todos os sonhos novamente... Pois, a vida é assim, um sonho pra mim...

Vou começar pelo instrumento de trabalho de meus pais, a máquina de costura. Sou filha de um alfaiate e de uma costureira que com muito custo e estudo se tornou a melhor modelista de todos os locais ao qual trabalhou, pela sua destreza ao interpretar um desenho de um estilista na medida exata do tamanho de um manequim. Tenho muito orgulho de meus pais, pois foi através de horas atrás de uma máquina de costura, que eles com muito sacrifício conseguiram construir a nossa família, uma família fundada em princípios éticos, religioso e acima de tudo humano, nos ensinando a respeitar à todos independente de qualquer coisa. Minha mãe, confeccionava vários tipos de roupas e adorávamos (eu e minhas irmãs), quando ela utilizando retalhos, conseguia fazer um modelito para nós. Era incrível a criatividade dela. Até o último dia de vida de minha mãe, era através da máquina de costura e outros instrumentos de trabalho, que meus pais conseguiram formar nossa família. Eu já com 25 anos, recém-formada e com uma expectativa enorme em atuar na minha área de formação, sempre impulsionada pelo orgulho de minha minha. Até hoje meu pai continua no exercício da profissão, porém com menos trabalho que anos atrás, pois hoje é muito mais fácil comprar um modelo de alfaiataria pronto, do que mandar fazê-lo... resultado da globalização... mas isso já é outra história... 
Saudade de brincar na pedaleira da máquina!!!!


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